sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Como é apresentada a Literatura de Cordel

São livros impressos artesanalmente e ilustrados , às vezes, pelo próprio autor, que os vende também em romarias e outros locais públicos. Os próprios folhetos permitem verificar como é fácil produzi-los artesanalmente. Repare na técnica das ilustrações: são em preto-e-branco, em xilogravura – que consiste na confecção de matrizes em tacos de madeira esculpidos. A feitura de livros artesanais é um bom começo para gerar condições, na comunidade, à produção e circulação de textos

Cidades de maior produção da Literatura Cordel

No Brasil, a literatura de cordel é produção típica do Nordeste, sobretudo nos estados de Pernambuco, da Paraíba, do Rio Grande do Norte e do Ceará. Costumava ser vendida em mercados e feiras pelos próprios autores. Hoje também se faz presente em outros Estados, como Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo. O cordel hoje é vendido em feiras culturais, casas de cultura, livrarias e nas apresentações dos cordelistas

Temas abordados na Literatura de Cordel

São muitos e variados os temas encontrados no folheto de cordel. Alguns exemplos:

* História do ciclo do cangaço;
* Folhetos jornalísticos que falam de notícias regionais ou nacionais de grande repercussão e interesse geral;
* Bibliografias;
* Sátiras de cunho social ou sobre política e políticos;
* Desafios e pelejas entre grandes violeiros;
* Temas educativos ou de esclarecimento público, usados em campanhas de governos e prefeituras.

Principais Nomes e Obras da Literatura de Cordel

Alfredo Pessoa de Lima
Antonio Marinho
Apolônio Alves dos Santos
Arievaldo Viana Lima
Carneiro Portela
Cego Aderaldo
Chico Caldas
Cicero Vieira da Silva
Coronel Neco Martins
Constatino Cartaxo
Firmino Teixeira do Amaral
Francisco Sales Areda
Franklin Maxado
Gonçalo Ferreira da Silva
Ignácio da Catingueira
Joaquim Batista de Sena
João Cesário Barbosa
João Firmino Cabral
João José da Silva
João Martins de Athayde
José Bernardo da Silva
José Camelo de Melo
José Costa Leite
José Francisco Borges
José João dos Santos (Mestre Azulão)
José Pacheco
Jotabarros
Leandro Gomes de Barros
Lourival Batista, o Louro do Pajeú
Manoel de Almeida Filho
Manoel Camilo dos Santos
Manoel Monteiro
Negra Chica Barbosa
Orlando Tejo
Patativa do Assaré
Pedro Bandeira
Pinto de Monteiro
Raimundo Santa Helena
Romano da Mãe Dágua
Rubenio Marcelo
Sá de João Pessoa
Severino Milanês da Silva
Silvino Pirauá de Lima
Teo Azevedo
Wilson Freire
Zé Limeira
Zé Praxedes
Zé da Luz

Obras consagradas da literatura de cordel
A Cabocla Encalhada - Mestre Azulão
A chegada de Lampião no Inferno - José Pacheco da Rocha
A Peleja de Cego Aderaldo e Zé Pretinho - Firmino Teixeira do Amaral
A vida do Padre Cícero - Manoel Monteiro
As receitas do Dr. Prodocopéia" - Jotabarros
Côco Verde e Melancia - José Camelo
Iracema - Alfredo Pessoa de Lima
Os Cabras de Lampião - Manoel D'Almeida Filho
Pavão Misterioso - José Camelo de Melo
Romeu e Julieta - João Martins Athayde
O Soldado Jogador - Leandro Gomes de Barros
Senhor dos Anéis - Gonçalo Ferreira da Silva
Viagem a São Saruê - Manoel Camilo dos Santos

Por que Cordel?

O nome cordel está ligado à forma de comercialização desses folhetos em Portugal, onde eram pendurados em cordões, lá chamados de cordéis. Inicialmente, eles também continham peças de teatro, como as de autoria de Gil Vicente (1465-1536).Foram os portugueses que trouxeram o cordel para o Brasil desde o início da colonização
Cordel é a tradução da palavra barbante ou corda fina, e quer dizer principalmente poesia narrativa popular métrica, rimada, impressa, de origem genuinamente nordestina.
A literatura de cordel, produzida essencialmente no Nordeste, é uma das maiores contribuições populares à literatura e às artes plásticas brasileiras (xilogravura).
Atualmente, a Academia Brasileira de Literatura de Cordel, com sede no Rio de Janeiro, vem apresentando uma significativa contribuição cultural aos cordelistas brasileiros, servindo de apoio central de divulgação desta regional forma de expressão popular, para todo Brasil e para o mundo.

Surgimento da Literatura de Cordel

A história da literatura de cordel começa com o romanceiro luso-espanhol da Idade Média e do Renascimento. O nome cordel está ligado à forma de comercialização desses folhetos em Portugal, onde eram pendurados em cordões, lá chamados de cordéis. Inicialmente, eles também continham peças de teatro, como as de autoria de Gil Vicente (1465-1536).Foram os portugueses que trouxeram o cordel para o Brasil desde o início da colonização. Na segunda metade do século XIX começaram as impressões de folhetos brasileiros, com características próprias daqui. Os temas incluem desde fatos do cotidiano, episódios históricos, lendas , temas religiosos, entre muitos outros. As façanhas do cangaceiro Lampião (Virgulino Ferreira da Silva, 1900-1938) e o suicídio do presidente Getúlio Vargas (1883-1954) são alguns dos assuntos de cordéis que tiveram maior tiragem no passado. Não há limite para a criação de temas dos folhetos. Praticamente todo e qualquer assunto pode virar cordel nas mãos de um poeta competente. No Brasil, a literatura de cordel é produção típica do Nordeste, sobretudo nos estados de Pernambuco, da Paraíba, do Rio Grande do Norte e do Ceará. Costumava ser vendida em mercados e feiras pelos próprios autores. Hoje também se faz presente em outros Estados, como Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo. O cordel hoje é vendido em feiras culturais, casas de cultura, livrarias e nas apresentações dos cordelistas.